segunda-feira, 14 de junho de 2010

A velha lembrança





O que me traz solidão, também me traz calor, e eu já nem sei mas o que dizer...
Lembro que no décimo dia do sexto mês do ano anterior me encontrava sentado na mesma cadeira escrevendo com a mesma dose de wiske barato, a única coisa de novo é o copo, dessa vez se ele cair não vai quebrar.
Não me recordo de mais nada a não ser da respiração silenciosa que surgia por detrás do meu pescoço, e que com o passar dos segundos e das canções ia ficando mais ofegante, estou vivendo uma repetição. Não me lembro do seu rosto, das suas lembramças e nem dos seus esqueçimentos. Lembro-me apenas da vaga memória que empreginava na cabeça depois de sentir muita dor e aliviá-la com aspirina ao invés de fazê-la passar com sexo.
Estou voltando pro que é meu , só meu. E dessa vez você felizmente não faz parte, mas seria um mentiroso em dizer que não te sinto por perto ainda, pois apesar das palavras frias que proferimos um ao outro confeço-lhe que ainda sinto saudades...
Os olhos já disconhessem, as mãos já não tocam mais, o vento não circula e água é a única que ainda faz sua função corretamente e perçiste em molhar o que ainda nem secou.
Pareçe meio idiota, mas a frase é a seguinte: " Um refrigerante gelado não é a mesma coisa que um quente num copo com gelo..." traduzindo pro que lhe cai bem, uma coisa não é a mesma coisa que outra coisa.
Espero o momento em que as luzes se apaguem, e que eu possa ouvir o barulho do trem passando na velha estação.